Cloud permitiu ao mercado processar dados e rodar aplicações em escala

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Não é só uma tendência, mas uma realidade. A transformação digital é um momento que o mercado está vivenciando; e as empresas estão atentas à inovação e se movimentando neste sentido. Segundo informações do Gartner, as iniciativas digitais vão tomar a liderança na lista de prioridades dos CIOs em 2019, com 33% das empresas nas etapas de escala ou refino da maturidade digital? – um aumento de 17% com relação a 2018.

E foi a computação em nuvem e a conexão em rede que permitiu, pela primeira vez, que os negócios crescessem em velocidade exponencial. “A computação em nuvem e conexão em rede permitiram, pela primeira vez, que a digitalização fizesse com que os negócios evoluíssem em velocidade exponencial, e não mais linear, como nas outras revoluções industriais. Isso é, de fato, transformação digital”, explica o especialista em transformação digital, Andrea Iorio.

Segundo Iorio, o segredo dessa virada de chave está na capacidade de processamentos de dados e aplicações em larga escala. Para o especialista, estes elementos foram o que deram a chance para que os negócios tivessem uma escalabilidade cada vez maior.

Com a sua experiência prévia, como head LatAm do Tinder, que usava computação em nuvem para rodar a aplicação, o uso da nuvem foi essencial para a escalabilidade e processamentos de dados em big data. “Isso foi fundamental porque muito do sucesso do Tinder se deveu à nossa capacidade de processar uma grande quantidade de informações e otimizar o algoritmo do app em tempo real”, explica Iorio.

“Os algoritmos hoje em dia são a base de qualquer negócio digital. São eles que alimentam o big data para fornecer inteligência ao negócio em diversas frentes. E tudo isso só pode ser processado em larga escala com computação em nuvem”, aponta o especialista. “Trata-se de uma oportunidade como nunca se tinha visto antes”, afirma.

Dessa forma, de acordo com o Iorio, a importância da nuvem é fundamental para a transformação digital. Para diversos negócios. Desde as startups que, por sua vez, só podem crescer através de negócios conectados e em nuvem, pois o sucesso dela vem à medida que ela tiver uma grande base de usuários, e isso só subsiste com nuvem; até pequenas e médias empresas que podem se beneficiar da nuvem utilizando aplicações de baixo custo para gerenciar o próprio negócio, automatizar seu marketing etc – sem a necessidade de terem seus próprios servidores.

Já as grandes empresas, para o especialista, precisam estar antenadas a este movimento de forma crucial para a sustentabilidade de seus negócios. “Uma grande indústria pode não dar o devido valor à nuvem pelo fato do seu processo estar automatizado no offline. Porém, quando ela conecta todos os pontos de sua cadeia na nuvem, isso vira ouro. Esses dados alimentam algoritmos e permitem a aplicação de inteligência artificial e novas tecnologias”, explica Iorio.

O especialista aponta que a nuvem nos permite estarmos conectados e que a vantagem de uma empresa estar integrada em toda a sua cadeia de valor fecha um círculo em termos de dados, da correlação entre todos os processos do negócio e de seus momentos de geração de valor – algo que não podia ser feito antes.

Além disso, para ele, as empresas não podem incorrer no erro de olhar para a nuvem ou rede como um fim, mas como um meio de tornar os seus negócios mais rentáveis, sustentáveis e competitivos. “Não é a tecnologia como fim, mas a tecnologia como meio”, define Iorio.

No entanto, é evidente o desafio das empresas em inovar e criar estratégias que fomentem a transformação digital de maneira distintiva. A consultora americana CB Insights realizou uma pesquisa com executivos de grandes corporações; 85% deles afirmam que é importante inovar, porém, 78% deles que admitem que buscam apenas mudanças incrementais ao invés de iniciativas realmente disruptivas.

“Como especialista em transformação digital, executivo e investidor, tenho visto cada vez mais negócios experimentando as diversas potencialidades que a nuvem proporciona, desde o momento de produção, lá na indústria, até a ponta, com o marketing e vendas. E se existe algo que posso afirmar, como tendência, é que a próxima onda que a nuvem proporcionará, por meio do big data e de algoritmos, é a experiência 100% personalizada em larga escala. Como um e-commerce, por exemplo, que poderá oferecer uma experiência de compra completamente única para cada um de seus milhares ou milhões de consumidores. Se isso hoje ainda não é possível, em breve será”, conclui o especialista.

Foto: Shutterstock
Fonte: cio.com.br

 

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