Como já deve ter percebido, a Microsoft vem investindo pesado para divulgar o seu mais novo pacote por assinatura Microsoft 365 desde o final de abril.
Mas por que? O que há de tão importante sobre outro agrupamento de software? Pensando nisso, preparamos esse especial para responder às principais perguntas sobre o Microsoft 365.
O que é o Microsoft 365?
Na sua forma mais básica, o Microsoft 365 (M365) é uma coleção de produtos que também estão disponíveis de forma independente. Neste caso, o pacote é formado por três pedaços significativos: uma licença baseada em usuário para Windows 10, uma licença baseada em usuário para Office 365, e ferramentas de gerenciamento apropriadas para o público projetado, seja um departamento de TI de uma companhia ou uma pessoa que também faça as vezes de administrador em uma pequena empresa.
Assim como outros pacotes de produtos que a Microsoft vende, em especial o Office 365, o novo Microsoft 365 é comercializado em um modelo por assinatura, com taxas mensais para cada usuário, que começam em 10 dólares.
Quantas versões do Microsoft 365 existem?
As SKUs (stock-keeping units) principais são as seguintes:
Microsoft 365 Enterprise: disponível nas configurações E3 e E5 – aqueles rótulos emprestados do Office 365 – para empresas com mais de 300 funcionários em um plano. Vale notar que o pacote inclui licença para o Windows 10 Enterprise.
Microsoft 365 Business: voltada para pequenas e medias empresas, essa versão possui um limite de 300 funcionários – e inclui licença para o Windows 10 Pro. As ferramentas de gerenciamento são mais básicas e podem ser acessadas a partir de um simples painel de controle.
Microsoft 365 F1: essa versão é direcionada para o que a Microsoft chama de profissionais da “linha de frente” (“frontline”) – os funcionários que fazem vendas, atendem ligações ou passam seus turnos no campo ou no chão da fábrica. Esse pacote mais em conta, que sai por 10 dólares mensais por usuário, traz o Windows 10 Enterpsie, mas se baseia no apps móveis e web do Office.
Microsoft 365 Education, Microsoft 365 Government, Microsoft 365 Nonprofit: planos de assinatura diversos com misturas variadas do Windows 10, Office 365 e ferramentas associadas (incluindo uma licença doada para organizações sem fins lucrativos) adequadas para cada segmento. Os planos governamentais, por exemplo, oferecem diferentes níveis de compliance para atender às exigências de regulamentação.
Por que é chamado de Microsoft 365 em vez de Windows 365?
Para começo de conversa, é preciso ficar feliz que o nome é Microsoft 365 e não o seu antecessor Secure Productive Enterprise. Com a recente queda de posição do Windows na tabela de organização da Microsoft, a escolha por um nome como Microsoft 365 foi inteligente. Além de sinalizar que o pacote é mais do que um sistema, a escolha por M365 em vez de Windows 365 também deixa claro que o pack reúne os principais componentes de software para empresas.
Os usuários podem comprar os componentes do pacote separadamente?
Sim, a Microsoft continua vendendo separadamente o Windows 10 Enterprise E3 e E5, o Windows 10 Pro, diferentes versões do Office 365, e o Enterprise Mobility Suite + Security.
Comprar os conteúdos de uma assinatura M365 separadamente é quase sempre mais caro – assim como comprar as edições separadas de uma revista (lembra delas?) é mais caro do que fazer uma assinatura. Mas a opção pode ser atraente para os usuários que não querem se comprometer com todos os serviços da Microsoft, ou que planejam ficar com o Windows 7 o maior tempo possível – o sistema será oficialmente aposentado em janeiro de 2020.
Na conferência para desenvolvedores Build, a Microsoft disse que o M365 era uma das suas quatro plataformas. Por que? (Aliás, as outras são: Azure, Dynamics 365 e games.)
A Microsoft está reconciliando sua mensagem para os desenvolvedores com a remoção do Windows do seu organograma – o sistema não é mais uma divisão independente – ao colocar o Windows sob o guarda-chuva Microsoft 365.
“Por anos, nós estivemos na Build falando sobre a enorme oportunidade com o Windows e o Office como plataformas para desenvolvedores”, afirmou o o VP corporativo de Windows, Joe Belfiore. “Hoje, muitos de vocês se considerariam desenvolvedores Windows ou Office. Ou desenvolvedores web que buscam usuários do Windows e do Office. Ou mesmo desenvolvedores mobile se perguntando como podem alinhar uma experiência móvel com outros aparelhos. Quando deixarem a Build 2018 nesta semana, esperamos que se considerem desenvolvedores Microsoft 365”, explicou o executivo.
Dizer que os desenvolvedores Windows agora são desenvolvedores Microsoft 365 não muda o que essas pessoas fazem – ou, caso mude, não será agora. Isso ficou claro quando Belfiore destacou as mais novas tecnologias e recursos no M365 que os desenvolvedores deveriam alavancar, segundo ele. Eles eram, com algumas exceções, novos ao Windows 10, como o Sets – e anteriormente teriam sido projetadas como novas oportunidades para os desenvolvedores Windows.
O quanto o Microsoft 365 é importante para a Microsoft?
Em uma palavra, muito.
Durante a Build, que aconteceu no início de maio, a Microsoft falou de forma constante e com destaque sobre o Microsoft 365. De muitas formas, foi quando o pacote realmente chegou ao mundo.
“Todo desenvolvedor Windows, todo desenvolvedor Office, seguindo em frente por todas essas armações de experiências, da Cortana ao Teams, passando pelo Outlook, Timeline e Windows, pode se tornar um desenvolvedor M365”, afirmou o CEO da Microsoft, Satya Nadela, durante a keynote de abertura do evento. O executivo também disse que o pacote é uma das “duas oportunidades de plataformas enormes” para desenvolvedores – citando o Azure como a outra.
Quais os recursos mais novos do Microsoft 365?
Antes da Build – onde a Microsoft promoveu o M365 para os desenvolvedores – a empresa começou a liberar a próxima versão do Windows 10, também chamada de 1803.
“A partir de milhares de conversas com consumidores, ouvimos claramente o quanto é importante para a TI simplificar a maneira como habilita os usuários em PCs, aparelhos móveis, serviços na nuvem, e apps localizados. O Microsoft 365 fornece tudo isso com uma solução integrada que é mais simples, além de mais poderosa e inteligente”, afirmou o diretor executivo da área de M365 na Microsoft, Brad Anderson, em um post no blog da companhia.
Neste sentido, Anderson destacou as melhorias feitas em uma tecnologia já no lugar para o Windows 10, chamada de Delivery Optimization, uma abordagem de ponta a ponta para espalhar o download de updates e upgrades em diversas máquinas. A partir do Windows 1803, os administradores de TI podem monitorar o desempenho da Delivery Optimization usando o Windows Analytics, que é gratuito para os clientes do M365.
Além disso, o Windows AutoPilot, um processo de integração que permite que os funcionários registrem um novo aparelho em vez de exigir a expertise e o tempo do departamento de TI para isso – vem fazendo progresso, de acordo com Anderson.
“A partir do 1803, o Windows AutoPilot agora inclui uma página de status de registro”, explica o executivo. “Essa página te habilita para garantir que políticas, configurações e apps possam ser fornecidos no próprio aparelho durante a experiência fora da caixa antes que o usuário chegue ao desktop e comece a interagir com o dispositivo.”
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Fonte: computerworld.com.br